Dra. Juliana Venâncio – Cardiologista em São Roque e Alphaville.

O aumento da pressão arterial é uma condição de frequente e aumenta com o avançar da idade. O risco cardiovascular e a mortalidade aumentam progressivamente com a elevação da pressão arterial sendo de grande importância as medidas de prevenção e rastreamento.

O que é pressão alta?

A hipertensão arterial é uma doença crônica em que a medida da pressão do sangue nas artérias está elevada. Quando os valores da pressão máxima e mínima são maiores ou iguais a 14 por 9 na maior parte do tempo, o coração tem que realizar um esforço maior que o normal para que o sangue seja distribuído de maneira adequada para todo o corpo. A pressão alta é um importante fator de risco para infarto do miocárdio, “derrame” cerebral (acidente vascular cerebral), coração “fraco” (insuficiência cardíaca), aneurisma arterial e insuficiência renal. Na maior parte das vezes, o problema é herdado dos pais, mas diversos hábitos irregulares de vida podem os níveis da pressão arterial.

Diagnóstico

Na prática, todos os pacientes com hipertensão arterial, com ou sem sintomas, devem avaliados com:

– História clínica detalhada

– Exame físico completo

– Realização de exames complementares como exames de sangue e urina, radiografia de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, microalbuminúria, ultrassom doppler das artérias carótidas

– Descartar causas secundárias (como apneia obstrutiva do sono, doenças renais e da tireoide, entre outros)

– Identificar alterações em órgãos alvo, além de avaliar outros fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares

– Consultas de rotina de controle

Causas de refratariedade no controle de Hipertensão Arterial

São eles:

  • Falta de adesão ao tratamento
  • Dieta não adequada
  • Falta de controle do peso
  • Consumo de bebidas alcoólicas
  • Dor crônica
  • Consumo de drogas ilícitas
  • Uso de medicações que sobem a pressão arterial como anti-inflamatórios, anticoncepcionais hormonais, corticoides, anfetaminas, alguns antidepressivos, descongestionantes nasais, entre outros

Prevenção

  • Identificação e modificações de fatores de risco
  • Medias não farmacológicas como melhora da alimentação e realização de atividades físicas
  • Medidas farmacológicas

Tratamento

  • Medidas não farmacológicas com a adoção de hábitos mais saudáveis
  • Tratamento farmacológico personalizado de acordo com o perfil de risco exclusivo do paciente (idosos, mulheres, crianças e adolescentes, afrodescendentes e miscigenados, obesos, diabéticos, pacientes com doenças nas coronárias, insuficiência cardíaca e doenças renais), para conseguir os melhores resultados possíveis levando em consideração terapêutica, efeitos colaterais e custo.

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