Arritmia cardíaca, palpitação, “batedeira”, “coração acelerado”, batimento cardíaco irregular
Nosso coração funciona como uma bomba que trabalha de forma sincronizada para mandar sangue para todo o nosso corpo. Quando acontece alguma alteração na sequência do ritmo do coração, os batimentos se tornam desordenados de maneira mais rápida ou mais lenta. Chamamos esse tipo de alteração de arritmia cardíaca.
A arritmia pode ser considerada fisiológica e ser percebida durante a realização de exercício físico, o sono e até mesmo ao estresse. Porém, alguns tipos de arritmia são considerados doenças, podendo aparecer em homens e mulheres de diferentes idades e até em crianças.
Quais os sintomas de arritmia?
A manifestação mais comum da arritmia é a palpitação, ou seja, uma percepção anormal dos batimentos cardíacos. Também pode se apresentar como fadiga, dificuldade para respirar, tontura, desmaio ou sensação de desmaio e até morte súbita cardíaca.
Quais as causas de arritmia?
Os principais fatores que podem levar a arritmia cardíaca são:
- fatores genéticos
- defeitos congênitos
- idade
- hipo e hipertireoidismo
- estresse
- tensão emocional
- consumo de bebida alcoólica em excesso
- tabagismo
- consumo frequente e em excesso de bebidas energéticas
- alguns tipos de medicamentos
- obesidade
- infarto ou insuficiência cardíaca
- apneia obstrutiva do sono
- infecção por coronavírus
Quais os tipos mais frequentes de arritmia?
Nosso coração é dividido em dois átrios (cavidades superiores) e dois ventrículos (cavidades inferiores). Os principais tipos de arritmia vão acometer esses “andares” superiores e inferiores.
São elas:
- Fibrilação atrial: é o tipo mais comum de arritma e o mais preocupante, pois promove uma perda da eficácia do coração devido a batida irregular (o coração “treme” ao invés de bater) favorecendo a formação de coágulos de sangue que podem através da corrente sanguínea chegar ao cérebro e causar um AVC (acidente vascular cerebral) também conhecido como “derrame”.
- Taquicardias supraventriculares: geralmente benignas, acontecem por estresse ou tensão, como por exemplo as extrassístoles (batimentos a mais do coração).
- Bradicardias: batimentos mais lentos que o normal.
- Arritmias ventriculares: os batimentos podem se tornar rápidos e desordenados prejudicando o qualidade do bombeamento do coração.
Complicações possíveis de arritmia
Quando as arritmias não diagnosticadas ou não tratadas adequadamente, elas podem modificar o tamanho e a força do coração, causar uma parada cardíaca e até levar a morte súbita.
Diagnóstico
São considerados batimentos cardíacos anormais quando as frequências são muito rápidas ou muito lentas. Nesses casos, há uma perda do ritmo regular do coração caracterizando a arritmia.
Durante a consulta médica, além da entrevista e do exame físico, a realização de exames complementares direciona a investigação e o tratamento. Como:
- Eletrocardiograma: é um exame fundamental capaz de identificar arritmias
- Ecocardiograma: ele vai mostrar todas as dimensões e estruturas do coração, espessura do musculo, sua força de contração, e também o seu funcionamento regular ou não
- Holter 24 horas: monitora por um dia todo os batimentos cardíacos principalmente nos casos de arritmias paroxísticas
- Teste de esforço (Teste ergométrico): principalmente para avaliação para realização de atividade física
- Além de outros mais específicos como o Teste de inclinação (tilt test) e o Estudo eletrofisiológico invasivo
Tratamento
O objetivo principal do tratamento é reduzir ou eliminar os sintomas, complicações e até a morte. Para isso é preciso identificar a causa da arritmia. O tratamento consiste em:
- adotar mudanças no estilo de vida
- tomar medicações que controlam ou previnem a arritmia
- tomar medicações para controlar doenças que possam estar associadas como hipertensão arterial e insuficiência cardíaca
- tratamento cirúrgicos em algumas situações como implante de marca-passo definitivo, cardiodesfibrilador implantável e ablação.
Conclusão:
Apesar de nem sempre ser possível prevenir a arritmia, a adoção de hábitos saudáveis de vida e um cuidado maior com os fatores que podem desencadear esse problema, associado a consultas regulares com o seu cardiologista de confiança, podem ajudar a conter o seu aparecimento.
Toda palpitação persistente deve ser investigada, principalmente se existe algum histórico de morte súbita em sua família.
Se você já está em tratamento, siga rigorosamente as orientações de seu médico e jamais interrompa o tratamento sem falar com ele.